Um gongyo realizado corretamente começa antes, com uma entusiasmada expectativa de que você recitará um solene juramento diante do Gohonzon. Na prática, essa decisão irá te inspirar a manifestar o seu máximo potencial em meio a qualquer circunstância.
O gongyo consite na recitação do 2º capítulo, “Meios Apropriados” (Hoben), e do 16º capítulo, “A Extensão da Vida” (Juryo), do Sutra do Lótus. Gon de gongyo significa exercitar-se “assiduamente”, enquanto gyo é “cumprir”. Sendo assim, gongyo significa “prática assídua”, a ser realizada diariamente.
Antes de tudo com alegria. O gongyo não é uma cerimônia de súplica e desespero. Pelo contrário, deve ser alegre e ritmada. “O gongyo é uma refrescante cerimônia que nos revitaliza a partir de nossas próprias profundezas. Portanto, o mais importante é fazer gongyo a cada dia com harmonia e cadência — como o galopar de um corcel branco pelos céus”, afirma o presidente Ikeda.
Imagine que você tenha a oportunidade de, todas as manhãs e noites, revitalizar o corpo e a mente a ponto de experimentar uma sensação de profunda alegria, sabedoria, liberdade, harmonia, coragem. Essa oportunidade existe: é a recitação do gongyo.
O gongyo estabelece a ponte de fusão do microcosmo com o macrocosmo. O desejo ardente de recitar o gongyo diante do Gohonzon é a chave para essa fusão. Assim, encare o gongyo como a oportunidade de recitar as frases e os pensamentos essenciais de um buda.
“Nesse momento” (Ni ji no início do sutra) é a partida para fazer surgir no momento presente a coragem e trilhar uma vida grandiosa. O presidente Ikeda ressalta: “Precisamos determinar, orar e agir. Se assim não fizermos, nosso ambiente em nada mudará. Mesmo que decorram cinco ou dez anos, ‘esse momento’ jamais chegará. ‘Esse momento’ é quando nos colocamos em ação, quando nos levantamos com energia e por vontade própria”.
A recitação do gongyo e do daimoku [recitação do Nam-myoho-renge-kyo continuamente] é o método eficaz de conectar a mente com o Gohonzon. A fé é a força que possibilita essa fusão. No budismo, fé significa ter um coração límpido, flexível e aberto. Fé é a função da vida humana que dispersa as nuvens escuras da dúvida, da angústia e do arrependimento e abre e direciona o coração a algo grandioso.
“Quando estamos realizando o gongyo ou recitando daimoku, estamos nos expressando na linguagem do mundo dos budas e dos bodisatvas. Mesmo que os senhores não compreendam o que estão dizendo, suas vozes com certeza atingem o Gohonzon, todos os deuses budistas e todos os budas e bodisatvas das três existências e das dez direções; e em resposta, todo o universo envolve os senhores com a luz da boa sorte”, diz o presidente Ikeda.
“Medito constantemente: como posso conduzir as pessoas ao caminho supremo e fazer com que adquiram rapidamente o corpo de um buda?” Este trecho encerra o gongyo e o grande desejo do Buda contido nele é a felicidade das pessoas da forma como são. Isso significa “Quero ser feliz e que todos os demais também sejam”. Os que vivem totalmente embasados nesse espírito são budas.
Fonte:
Seikyo Post utilzou o livro Preleção dos Capítulos
Hoben e Juryo e BS, ed. 2.040, 19 jun. 2010, p.A5
como fonte de pesquisa para este post.