Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde e Organização Mundial da Saúde (Opas/OMS) Brasil, apresentados no ano passado, em nível mundial, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas vivem com depressão. Nas Américas, o número é de 50 milhões. Embora muitas pessoas com mais de 60 anos sofram de depressão, o transtorno mental pode ter início ainda na infância e adolescência.
De acordo com a publicação Depression and Other Common Mental Disorders: Global Health Estimates,1 há 322 milhões de pessoas em todo o mundo vivendo com esse transtorno mental no mundo. A prevalência é maior entre as mulheres. O relatório mostra que a depressão atinge 5,8% da população brasileira (11.548.577). Já distúrbios relacionados à ansiedade afetam 9,3% (18.657.943) dos brasileiros.
É um transtorno mental caracterizado por tristeza persistente e pela perda de interesse em atividades que normalmente são prazerosas, acompanhadas da incapacidade de realizar atividades diárias. Há uma grande diferença entre tristeza e depressão. A tristeza pode ser desencadeada por algum fato do cotidiano, em que a pessoa realmente sofre com aquilo até assimilar o que está acontecendo e geralmente não dura mais do que quinze a vinte dias. Já a depressão se instala e, se não for tratada, pode piorar.
De acordo com a American Psychiatric Association,2 um episódio de depressão é indicado pela presença de cinco ou mais dos seguintes sintomas, quase todos os dias, por um período de pelo menos duas semanas:
A doença tem cura desde que tenham sido feitos diagnóstico e tratamento corretos.
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca suas orientações e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Muitas pessoas procuram alternativas para acabar com os sintomas da depressão. Uma forma de ajudar no tratamento é inserir a prática de exercícios físicos na rotina.
Um estudo realizado pelo Centro Médico de Southwestern3, na Universidade do Texas, Estados Unidos, descobriu que a prática de exercícios aeróbicos (caminhar, por exemplo), pode reduzir pela metade os sintomas de depressão. De acordo com a pesquisa, o grupo que praticou exercícios cinco vezes por semana reduziu os sintomas em 47% após três meses de treinos. Já o grupo que se exercitava três vezes por semana melhorou seus sintomas em 30%.
A atividade física proporciona distração e convívio social, além de liberar substâncias como endorfina e serotonina, responsáveis por melhorar o humor.
Praticar esportes causa bem-estar mental e melhora psicológica na maioria das pessoas. Bastam quinze a trinta minutos de exercícios em dias alternados para sentir os efeitos positivos.
No budismo, aprendemos sobre o princípio da “unicidade do corpo e da mente” (shiki shin funi), em japonês. Em termos literais, shiki é uma abreviação de shiki ho e indica a matéria e os fenômenos físicos que possuem forma e cor, dentre eles o próprio corpo humano.
Shin é a abreviação de shin po, que indica os fenômenos espirituais e mentais (raciocínio, sentidos, emoção e desejo). Funi, que é a forma abreviada de nini funi, significa “dois, mas não dois”, que poderia ser entendido como “dois fenômenos, porém não dois em sua essência”.
Isso significa que, embora corpo e mente sejam duas classes separadas de fenômenos, na essência são dois aspectos indivisíveis de uma mesma realidade. Em outras palavras, nem o corpo nem a mente existem em entidades separadas e um não pode existir sem o outro. Portanto, corpo e mente são componentes inseparáveis da vida.
Ikeda sensei cita um exemplo sobre o princípio: “O diálogo é a única atividade humana que cria uma família brilhante e calorosa. Como seria maravilhoso se essa atividade, iniciando-se no lar, propagasse suas ondas pela sociedade! Tenho plena convicção de que o diálogo é uma forma concreta para pôr o princípio de ‘unicidade de corpo e mente’ em prática”.
“Os verdadeiros campeões são aqueles que enfrentam o desafio no momento crucial (...)” — esta frase consta numa orientação do presidente Ikeda.
Abaixo, publicamos trechos do discurso do líder da SGI do ano de 1995, no qual ele aborda sobre nossa revolução interior e o poder da oração em vencermos qualquer questão.
Todos nós queremos brilhar, fazer o melhor que pudermos. E como conseguimos isso? Lutando contra a “maldade fundamental” que existe em nossa vida. Com isso, quero dizer que é lutar com a questão fundamental que se encontra na raiz dos nossos problemas.
Em nossa revolução humana, também temos “uma maldade fundamental” — uma falha básica — que impede o nosso crescimento pessoal. Alguns de vocês podem pensar que têm muitas falhas, mas em alguns casos essas falhas se originam de uma falha fundamental — por exemplo covardia, grosseria, ou sentimentalismo, ou um temperamento ríspido, e assim por diante.
Devemos nos conscientizar dessa falha fundamental ou maldade em nossa vida, orar com toda a sinceridade e agir cuidadosamente para superá-la. Essa é a prática da revolução humana. Não conseguiremos nenhum progresso enquanto apenas levarmos a vida sem objetivos. A prática é o que importa. Se pudermos superar a nossa falha fundamental, tudo se abrirá dramaticamente. Nós brilharemos. E até mesmo as tendências que antes considerávamos como fraquezas serão iluminadas como força.
Nossa voz ao recitar Nam-myoho-renge-kyo é nossa roda preciosa, da mesma forma nossas palavras quando baseadas no daimoku e direcionadas ao kosen-rufu. Assim como um rei girador da roda esmaga toda a maldade, nosso daimoku, nossa voz da justiça, é uma arma que destrói todas as influências negativas.
A oração não é um exercício intelectual, é a própria vida. As orações que surgem das profundezas da própria vida jamais falharão em ser comunicadas em atrair a resposta dos budas e dos deuses celestiais do universo.
Em São Paulo, o NOS (Núcleo de Orientação Social) da BSGI que tem como objetivo orientar sobre a prática da fé e sobre a natureza da doença. Entre em contato pelo telefone (11) 3349-1927 ou pelo e-mail: nos@bsgi.org.br