2016 chegou! No início do ano, a chama da esperança em busca de novos resultados e sucesso está bem acesa. E o que isso tem a ver com o tema “Empreendedorismo”?
O Brasil é um país de empreendedores. Por que 34,5% da população entre 18 e 64 anos estão empreendendo no país? Por que a trajetória de empreendedores vem apresentando crescimento expressivo nos últimos anos? O que significa essa palavra difícil de ser pronunciada?
“Empreendedor” (entrepreneur), palavra de origem francesa, é “alguém que assume risco e/ou inicia algo novo”.
J. B. Say, no século 19, adotou a concepção de empreendedor como uma pessoa que aplica recursos de novas formas visando aumentar a eficiência e a produtividade. Já no século 20, em 1950, o economista Joseph Schumpeter definiu o empreendedor como uma pessoa criativa que obtém o sucesso por meio de inovações. No Brasil, na década de 1970, o empreendedorismo passou a ser estimulado com a criação do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) objetivando seu fortalecimento e o crescimento econômico e sustentável de micro e pequenos negócios.
Mas, uma pessoa já nasce empreendedora? De acordo com a entidade, o empreendedorismo compreende um conjunto de comportamentos e características que podem ser praticados e/ou adquiridos ao longo do tempo.
Existem dez características empreendedoras:
1. Busca de oportunidades
e iniciativa
2. Persistência
3. Correr riscos
calculados
4. Exigência de qualidade
e eficiência
5. Comprometimento
6. Busca de informações
7. Estabelecimento de
metas
8. Planejamento e
monitoramento sistemáticos
9. Persuasão e rede de
contatos
10. Independência e autoconfiança
Ao tomarmos conhecimento dessas características, podemos verificar que todos nós já nascemos com o perfil empreendedor. Vale destacar que é um tema que abrange não somente o setor econômico, mas está ligado a qualquer área de atuação, desde que esteja voltado para a melhoria do ser humano e do planeta.
O empreendedorismo é tão atraente que, reparem o panorama brasileiro: de acordo com o Sebrae, 99% das empresas existentes no país são micro ou pequenas. Esse número representa 8,5 milhões de negócios que geram mais de 50% de empregos formais. Além disso, aproximadamente, 3 milhões de brasileiros são microempreendedores individuais (MEI). Ainda, segundo a entidade, 43% dos brasileiros querem empreender.
Uma pessoa empreendedora tem sonhos, busca oportunidades e age para tornar seu sonho realidade.
O presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), Daisaku Ikeda, comenta que nós temos a missão de pensar, criar e entrar em ação. “Naturalmente, nem sempre tudo dá certo desde o início para alguém. Talvez vocês venham a cometer erros. Podem também vir a ser advertidos. Pode chegar o momento em que se questionem se estão no trabalho certo. Mas, nesses momentos, lembrem-se sempre do espírito entusiástico com o qual deram seu primeiro passo em relação ao trabalho. O importante é a decisão estabelecida ‘neste momento’ e a ação que empreenderão ‘a partir de agora’.”
Devemos sempre avançar, seguir em frente, aprendendo com o que não deu certo, rompendo nossos limites, evidenciando todo o nosso potencial com criatividade e novas ideias. Dessa forma, o presidente Ikeda orienta: “Solicito também que vocês cultivem o ‘espírito empreendedor’ aberto para o futuro e para o mundo, pois é a fonte básica para a evolução de tudo, como também é um direito dos jovens em qualquer época ou país”.
Observem que ele cita a palavra “cultivar”, que é muito apropriada, pois um dos seus significados é “plantar”. Vamos “plantar” o espírito empreendedor em nossa vida, identificando amplas oportunidades de atuação, agindo com iniciativa, comprometimento, eficiência, calculando riscos e fazendo novas causas para obter diferentes resultados. É fundamental destacar que, quando cultivamos diariamente esse espírito empreendedor, nosso estado de vida se eleva, direcionando-nos para o sucesso.
Como o empreendedor não pensa somente em si, consequentemente contribui de forma positiva para o desenvolvimento da sociedade. A esse respeito, o que a filosofia budista ensina é que a nossa revolução humana (em nível micro) tornará realidade o grande empreendimento do kosen-rufu (em nível macro). Assim, será possível vivermos em mundo respeitoso, solidário e pacífico.
Portanto, é importante iniciar o ano de 2016 “neste momento”, fazendo boas causas, adotando comportamentos empreendedores para obter novos resultados. Vamos manter acesa a chama da esperança expandindo nosso potencial para empreender o que temos de melhor. Dessa maneira conseguiremos construir uma vida e um mundo melhor com muito sucesso!